Marabá: juiz Jônatas Andrade irá receber Prêmio Direitos Humanos 2012 das mãos da presidente Dilma
Zé Dudu. No próximo dia 17, o juiz federal do Trabalho, Jônatas Andrade
(foto), que recentemente recebeu o título de Cidadão parauapebense concedido
pela Câmara Municipal de Parauapebas e atualmente atua na Comarca de Marabá,
irá receber mais uma merecida comenda. Desta feita da presidente Dilma
Rousseff.
Trata-se do Prêmio Direitos Humanos
2012, na Categoria Erradicação do Trabalho Escravo. A premiação é concedida
anualmente pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Na oportunidade, o valoroso juiz
trabalhista, como forma de reconhecimento pelo valioso trabalho que desenvolve
em nome dos direitos fundamentais inerentes a todos os seres humanos, receberá
um troféu e um certificado assinado pela excelentíssima senhora Presidenta da
República.
Parabéns ao amigo Jonatas Andrade por
mais essa honraria. É certo que, apesar de grandiosa, o mais importante
para o juiz é o sentimento do dever cumprido. Que venham outros prêmios, pois,
certamente, da caneta do nobre juiz sairão outras várias soluções para os
diversos problemas que a região apresenta nesse tema.
Jônatas dos Santos Andrade
Como titular da Vara do Trabalho em Parauapebas, se destacou no julgamento de ações trabalhistas em favor dos trabalhadores explorados na mina de Carajás. Em uma das ações, condenou a VALE ao pagamento de mais de 100 milhões de reais pelo não pagamento das horas itíneres dos trabalhadores.
Como titular da Vara do Trabalho em Parauapebas, se destacou no julgamento de ações trabalhistas em favor dos trabalhadores explorados na mina de Carajás. Em uma das ações, condenou a VALE ao pagamento de mais de 100 milhões de reais pelo não pagamento das horas itíneres dos trabalhadores.
Atualmente é juiz titular da 2ª Vara
do Trabalho de Marabá, onde tem tido uma atuação de destaque na articulação dos
órgãos do poder público e de entidades da sociedade civil no combate ao
trabalho escravo, com foco nas regiões do sul e sudeste do Pará e sul do
Maranhão.
É de sua iniciativa a criação do
GAETE (Grupo Interinstitucional de Erradicação do Trabalho Escravo), uma
articulação que envolve: Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho,
Delegacia Regional do Trabalho, Polícia Federal, Ministério Público Federal,
Comissão Pastoral da Terra, Repórter Brasil e outras entidades. O GAETE foi
criado em meados de 2011, o grupo se reúne bimestralmente para debater ações,
políticas e iniciativas de enfrentamento ao trabalho escravo. Com os recursos
oriundos das condenações de fazendeiros escravocratas se criou um fundo gerido
pelo GAETE que apoia projetos e iniciativas da sociedade civil que tenha como
objetivo o combate e a prevenção do trabalho escravo.
Merecem destaque dois projeto
aprovados pelo GAETE: ESCRAVO NEM PENSAR, gestado pala ONG Repórter Brasil e
MONITORAMENTO DE LIDERANÇAS AMEAÇADAS DE MORTE NA REGIÃO, coordenado pela CPT
da diocese de Marabá. O Juiz Jônatas tem participado permanentemente de
reuniões em outros Estados (Maranhão, Tocantins e outros), debatendo a
realidade do trabalho escravo e divulgando
a experiência do GAETE.
a experiência do GAETE.
A atuação do Juiz Jônatas é uma
referência na região e sua dedicação à causa tem atraído o ódio de muitos
fazendeiros e de empresas mineradoras. A VALE, o fazendeiro Décio José Barroso
Nunes (mandante do assassinato do sindicalista José Dutra da Costa, o Dezinho,
de Rondon do Pará) já ingressaram no TRT alegando a suspeição de Jônatas no
julgamento de seus processos. Tudo isso devido seu empenho na defesa dos
direitos humanos e na luta pela erradicação do trabalho escravo.
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