Projeto Resgata Pessoas do Mundo das Drogas nas Regiões do Sul e Sudeste Paraense


(Francesco Costa) O PRIS (Projeto de Resgate e Inclusão Social) atendeu através de internação, no ano de 2012, mais de 200 pessoas, dependentes químicos, alcoólicos e crack.“O trabalho de recuperação de dependência química é de alta complexidade, pois envolve questões de saúde clinica mental e espiritual”, avalia o coordenador do projeto, Josiel Pereira de Sá.
Ele cita ainda que, atualmente, o desejo de internação deve partir do dependente que uma vez acolhido no centro de recuperação do PRIS recebe atendimento médico, psicológico, espiritual, terapia ocupacional, e dinâmica de grupo.Josiel detalha que além da desintoxicação e controle do vício o indivíduo passa por readaptação para voltar a viver em sociedade e reingresso no mercado de trabalho.
Via de regra, segundo informou o coordenador, os internos chegam ao local sem documentos e o projeto providencia a emissão de segundas vias, além de buscar junto às empresas parceiras a reinserção no mercado de trabalho, já que a maioria tem profissão abandonadas pelo tempo em que mergulhou na condição de uso freqüente de produtos químicos.
Josiel admite ser muito difícil fazer uma analise do êxito do tratamento para dependência química, haja vista, lidar com o livre arbítrio das pessoas, e que o continuar limpo das drogas vai depender muito de outros cenários, independente da clínica aonde a pessoa foi tratada.
Ele anota que o grau de afetividade dessa pessoa em relação a seus familiares e do sucesso de seu trabalho é uma sequencia do tratamento e o ajuda a manter-se longe das drogas.“Só pela redução de danos em que a pessoa passa seis meses, período que dura o tratamento, sem ingerir drogas já é por si só um grande benefício ao assistido”, avalia Josiel.
Sobre o projeto – O PRIS é uma ONG, parceira do município e hoje atende as demandas dos CRASS, CREAS, CAPS, HMP e Centro POP.
O PRIS não faz mais busca ativa, e recebe tanto moradores de rua para internação como também dependentes que ainda estão ligados a suas famílias.Hoje o PRIS, está recebendo uma grande quantidade de seus assistidos trazidos pelas próprias famílias.
O programa de tratamento do PRIS é aberto, ou seja, as internações precisam ter o consentimento e a vontade do próprio dependente, o PRIS não faz internações compulsórias.
O PRIS mantém convênio com a SEMAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), que tem, de acordo com a coordenação do projeto, suprido as necessidades operacionais: alimentação, combustível, aluguel, transporte, remédios e apoio aos profissionais que trabalham no projeto.

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