Fazendeiro vai a julgamento pela morte de sindicalista paraense
Começa hoje júri popular de acusados de matar José Dutra da Costa, o 'Dezinho
Coordenador da Comissão Pastoral da Terra e assistente de acusação no caso,
José Afonso Batista afirmou ontem à tarde que, nos últimos 40 anos, mais de 600
assassinatos foram registrados nas regiões sul e sudeste do Pará. Desde então,
Lorival será o nono acusado de ser mandante de um crime que será julgado. E que,
de todos aqueles apontados como mandantes, apenas três continuam cumprindo pena
no Pará, acrescentou ele.
O julgamento de hoje foi desaforado da comarca de Rondon do Pará, jurisdição
do crime, para Belém em decisão unânime dos desembargadores das Câmaras
Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça. O órgão colegiado acolheu pedido do
representante do Ministério Público do Estado na comarca, para garantir a
segurança e isenção dos jurados. A sessão está marcada para começar 8 horas, e
não tem hora para terminar, podendo se estender por todo o dia. Estão previstos
os depoimentos de 18 testemunhas, entre elas seis arroladas pela acusação, e as
demais indicadas pela defesa, além do interrogatório dos acusados. A sessão do
Tribunal do Júri é pública e funciona nos plenários do júri do prédio do Fórum
Criminal da Capital, localizado no bairro Cidade Velha.
O crime, ocorrido no dia 21 de novembro de 2000, em Rondon do Pará, distante mais de 500 km de Belém, conforme as investigações foi motivado por conflitos pela posse de terra, naquela região do sudeste do Estado. À época, o sindicalista 'Dezinho' denunciava o trabalho escravo praticado em fazendas da região. Ele também apoiava a luta das famílias sem terra pela desapropriação dos latifúndios improdutivos e a arrecadação das terras griladas no município. Após sua morte, Maria Joel, viúva do líder sindical, assumiu a bandeira de luta do marido. E, atualmente, vive sob proteção do Estado por sofrer ameaça de morte de fazendeiros da região.
O fazendeiro Lourival de Souza Costa responde pela acusação de ser um dos mandantes do crime. Também acusado pelo representante do Ministério Público do Estado, Domício de Sousa Neto é acusado de ter intermediado o crime e fornecido a arma usada pelo executor Wellington de Jesus. Este último já foi julgado e condenado a 29 anos de reclusão em regime inicial fechado, em 2006. Mas três meses após o julgamento recebeu permissão judicial para passar o final do ano em sua casa e não voltou mais para a prisão - está, portanto, foragido desde então. Outro fazendeiro e madeireiro da região, Décio José Barros Nunes, o 'Delsão', também responde como mandante da execução, sendo que seu processo foi desmembrado por se encontrar em grau de grau de recurso.
O crime, ocorrido no dia 21 de novembro de 2000, em Rondon do Pará, distante mais de 500 km de Belém, conforme as investigações foi motivado por conflitos pela posse de terra, naquela região do sudeste do Estado. À época, o sindicalista 'Dezinho' denunciava o trabalho escravo praticado em fazendas da região. Ele também apoiava a luta das famílias sem terra pela desapropriação dos latifúndios improdutivos e a arrecadação das terras griladas no município. Após sua morte, Maria Joel, viúva do líder sindical, assumiu a bandeira de luta do marido. E, atualmente, vive sob proteção do Estado por sofrer ameaça de morte de fazendeiros da região.
O fazendeiro Lourival de Souza Costa responde pela acusação de ser um dos mandantes do crime. Também acusado pelo representante do Ministério Público do Estado, Domício de Sousa Neto é acusado de ter intermediado o crime e fornecido a arma usada pelo executor Wellington de Jesus. Este último já foi julgado e condenado a 29 anos de reclusão em regime inicial fechado, em 2006. Mas três meses após o julgamento recebeu permissão judicial para passar o final do ano em sua casa e não voltou mais para a prisão - está, portanto, foragido desde então. Outro fazendeiro e madeireiro da região, Décio José Barros Nunes, o 'Delsão', também responde como mandante da execução, sendo que seu processo foi desmembrado por se encontrar em grau de grau de recurso.
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