CPI da Funai e Incra ouvem agricultores da Apyterewa.

(DOL com informações de Wesley Costa/Diário do Pará) Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a demarcação de terras indígenas no Pará visitaram na última terça-feira (12), à base do “Paredão”, na área indígena da Apyterewa, em São Félix do Xingu.
Funai e Incra querem saber por que área indígena Apyterewa cresceu de 266 para 773 mil hectares (Foto: Wesley Costa)
O procurador Rodinei Candeia, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) esteve na localidade juntamente com o consultor legislativo Lucas Azevedo.
Durante a visita, o procurador colheu depoimentos de agricultores que possuem propriedade no local, e foi recebido por manifestantes que defendem a não saída dos trabalhadores da área. Representantes da Funai, do Incra, e do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) também foram ouvidos.
Segundo deputados que integram a CPI, há possíveis indícios de irregularidades no aumento da área indígena, que tinha 266,8 mil hectares em 1987 e foi ampliada para 773 mil hectares em 2004.
Ao lado de fora, manifestantes tentavam ser ouvidos pelos integrantes da Comissão (Foto: Wesley Costa)
De acordo o procurador Rodinei Candeia, a visita serviu aos propósitos da CPI, que foi de vir ao local do conflito ouvir as partes envolvidas, ver o que está acontecendo e propor soluções.
“O que se nota, claramente, é uma pressa, sem muita justificativa, tanto por parte da Funai quanto pelo Incra de implementar uma desocupação em área ainda sem definição sobre sua titularidade. E isto deveria ser feito de forma mais organizada, esclarecendo todas as dúvidas aos trabalhadores para, só depois, serem tomadas decisões definitivas que mexem com a vida delas. E a última coisa que está sendo considerada é o interesse das pessoas”, avaliou Candeia.
A Comissão visitou, ainda, o município de Redenção, onde também ouviu o juiz, a procuradora, e a delegada federal, responsáveis pelo processo de reintegração de posse da Apyterewa.
“Feito isto, o próximo passo será elaborar um relatório e encaminhar para parecer da Câmara dos Deputados que dará a palavra final sobre o impasse da terra indígena”, detalhou.
IMPASSE
Em fevereiro deste ano, foi expedida uma decisão judicial ordenando a saída dos agricultores da área, em cumprimento a uma decisão judicial que determinou a reintegração de posse em favor dos índios.
O prazo era para que os trabalhadores saíssem da área em cerca de um mês.

Mas, no início de março, em Brasília, uma outra decisão tomada pelo vice-presidente do Tribunal Regional Federal, da 1ª Região, suspendeu a retirada dos agricultores da Apyterewa, até que o mérito seja julgado, em data ainda a ser definida. A Funai, O Ibama, Exército e Força Nacional ainda continuam no local.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Produtores rurais de Tucumã e Ourilândia do Norte participam do lançamento da Expotuor 2017.

LUTO OFICIAL! PREFEITO ADELAR PELEGRINI LAMENTA MORTE DE SERVIDOR E DECRETA LUTO OFICIAL

Câmara de Tucumã emite nota de pesar pela morte de Kauan Biagi Arend.

TUCUMÃ: PF faz operação para apreender 47 aeronaves usadas no tráfico internacional de drogas

Prefeitura de Tucumã emite ‘Nota de Pesar’ pelo o falecimento de empresário e pioneiro de Tucumã

Autoridades de Tucumã, Ourilândia do Norte e entidades buscam soluções para conter desemprego.

Agricultor na Zona Rural de Tucumã aposta na criação de Frangos “Caipira da Raça Rhode” como Alternativa de Renda

LUTO! Savanas emite nota de pesar por falecimento de pioneiro tucumaense