Pará registra recorde histórico de cheques sem fundos.
O Estado registrou devolução de 225
mil cheques em 11 meses deste ano
Entre janeiro e novembro deste ano a porcentagem de
cheques devolvidos por insuficiência de fundos no Pará bateu recorde histórico:
6,53%. Em números absolutos, são quase 225 mil folhas devolvidas, do total de
3,5 milhões de cheques compensados no mesmo período. É o maior índice de
devoluções para os onze primeiros meses do ano no Estado desde 1991, segundo o
Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos, divulgado ontem.
A
proporção paraense só fica atrás das proporções dos consumidores do Amapá
(17,40%), de Roraima (10,08%), Maranhão (9,13%), Acre (7,72%) e Amazonas
(6,86%). Ainda para efeito de comparação, a média brasileira de devoluções
também foi a maior já registrada entre janeiro e novembro, desde o início da
série histórica, com percentual de 2,37%.
Outro
recorde negativo é o registro isolado do último mês de novembro no Pará. No mês
passado, 7,72% dos cheques emitidos por consumidores paraenses voltaram por
falta de fundo - novamente, maior índice para o mês desde 1991. Em outubro, o
índice de devolução foi de 6,57% das folhas compensadas e, no mesmo mês de
2015, foi de 7,26%.
Proporcionalmente,
foi o quinto maior percentual de devolução do País no mês, sendo superado pelo
Amapá (22,29%), Roraima (16,04%), Maranhão (10,20%) e Acre (9,50%). No País,
novembro fechou com o percentual de devoluções por insuficiência de fundos de
2,46% do total de emissões - segundo maior índice para o 11º mês do ano desde o
início da série histórica do indicador, atrás apenas de novembro/2015, quando a
porcentagem atingiu 2,61%
São
Paulo surge na outra ponta, com percentual de devolução de cheques sem fundo de
1,80%, tanto no índice mensal quanto no acumulado do ano. Santa Catarina e
Paraná surgem na sequência, com proporção de 1,99%, cada um, de devoluções no
ano. No mês de novembro, as proporções destes dois Estados é de 1,97% e 2,03%,
respectivamente.
Dentre
as regiões, o Norte computa a segunda maior média do País de devoluções, sendo
5,21% no mês de novembro e de 4,51% entre janeiro e novembro de 2016. O
Nordeste surge com os maiores percentuais, de 5,26% no mês e de 4,69% no ano; e
o Sudeste com os menores: 1,97% e 1,94%.
INCENTIVO
Segundo
os economistas da Serasa Experian, a inadimplência com cheques permanece em
patamar elevado por causa dos impactos do desemprego e da inflação sobre o
poder de compra dos consumidores. Além disso, diante desse cenário econômico de
queda do consumo, muitos varejistas estão buscando fidelizar o cliente e estão
utilizando o cheque como principal instrumento de pagamento.
Segundo
o levantamento trimestral do Perfil do Consumidor Inadimplente realizado pela
Central de Recuperação do TeleCheque, serviço oferecido pela MultiCrédito, 51%
das mulheres utilizaram o meio de pagamento e entraram em contato com a empresa
para renegociar seus débitos.
O
estudo foi elaborado com base nos 800 consumidores que procuraram o serviço de
renegociação de dívidas entre os meses de março e maio de 2016. Nesse período,
quem mais renegociou as dívidas foram as mulheres casadas, entre 31 e 40 anos,
com um dependente, com segundo grau completo, que atuam em empresas privadas.
O
valor médio dos débitos do público feminino foi de R$ 200 a R$ 499,99, os
principais gastos foram com alimentação (10,5%), farmácias (4,87%) e vestuário
(4,75%), e a principal causa foi o descontrole financeiro.
Ainda
de acordo com a pesquisa, entre os homens que utilizam o cheque como meio de
pagamento, a inadimplência foi de 23,75% por descontrole financeiro, mas com
gastos com a manutenção e acessórios automotivos. Vale destacar que a inadimplência
por conta do desemprego cresceu 15,9% entre homens e mulheres na comparação com
os números do mesmo período de 2015.
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