Até dezembro, 34 jornalistas foram assassinados pelo mundo
(Folhapress/ Foto Divulgação)
O país é figurinha recorrente no
índice de impunidade elaborado pelo CPJ, por causa da facilidade com que os
acusados por homicídio escapam de qualquer penalidade. O CPJ diz que os 13
mortos neste ano foram o maior número registrado no país desde que o comitê
começou a monitorar os episódios. Superam, por exemplo, as cifras de 2001,
quando os Estados Unidos atacaram o Afeganistão e nove jornalistas morreram.
Recentemente,
os extremistas têm adotado a tática de lançar fazer ataques a bomba no país,
seguidos por explosões que têm como objetivo matar jornalistas e outros que são
os primeiros a chegar nos locais dos atentados.Em um desses atos, em 30 de
abril deste ano, um homem-bomba do Estado Islâmico se disfarçou de jornalista e
detonou explosivos que carregava no meio de um grupo de repórteres que correu
para a cena do ataque. Nove morreram.O CPJ lembra ainda o caso do saudita Jamal
Khashoggi, colunista do jornal The Washington Post assassinado no consulado da
Arábia Saudita em Istambul em outubro por agentes do reino árabe.
Khashoggi
era crítico do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, acusado pela CIA (agência
central de inteligência americana) de ordenar o assassinato do repórter.
O CPJ critica o posicionamento do presidente Donald Trump, que deu declarações dizendo que “talvez [Salman] tenha, talvez não tenha” ordenado a morte.
O CPJ critica o posicionamento do presidente Donald Trump, que deu declarações dizendo que “talvez [Salman] tenha, talvez não tenha” ordenado a morte.
Ironicamente,
lembra o comitê, a voz mais crítica no caso tem sido a do presidente turco,
Recep Tayyip Erdogan, “cujo governo efetivamente encerrou a mídia independente
e está prendendo mais jornalistas do que qualquer outro ao redor do mundo pelo
terceiro ano seguido.”
Na
semana passada, Khashoggi foi um dos escolhidos como Pessoa do Ano pela Time,
parte de um grupo que recebeu o nome de “Os Guardiães e a guerra pela verdade”.
Além dele, a Time também foi homenageou o jornal Capital Gazette, de Annapolis
(a 50 km de Washington). Em junho, um atirador, Jarrod Ramos, abriu fogo na
redação, matando quatro repórteres e um assistente de vendas. Os mortos são
lembrados no relatório do CPJ.
O
relatório foi divulgado quase uma semana depois de outro levantamento do CPJ
mostrar que o número de jornalistas presos por exercer sua atividade
profissional chegou a 251, no terceiro ano seguido em que o número supera a
marca de 250.Em 2016, foram 259 e no ano passado, 272, um recorde desde o
início da contagem, no ano 2000.
(Folhapress/
Foto Divulgação)
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