Delegado geral reforça compromisso de combate à criminalidade em todo Estado do Pará
Com Informações de Por William Serique/ Fotos
O governador Helder Barbalho
participou, na manhã desta terça-feira (22), na sede da Delegacia Geral, da
cerimônia de posse do novo delegado geral da Polícia Civil do Pará, Alberto
Teixeira. Na ocasião, foram apresentadas as novas diretorias do órgão. O governador
destacou a importância da corporação no combate à violência no Pará e admitiu
que existem dificuldades neste enfrentamento, mas ressaltou que não medirá
esforços para diminuir os índices de criminalidade no Estado. Secretários e
autoridades marcaram presença no evento.
“O governante deve sempre agir e ter iniciativas para enfrentar os
problemas. Não fomos colocados para fazer mais do mesmo, porque o mesmo
representa omissão, ausência, negligência, incompetência e incapacidade de
demonstrar para esse Estado e para essa sociedade que não temos vara de condão
para transformar da noite para o dia as realidades. Mas, seguramente, a
sociedade pode ter certeza que nesses 22 dias estamos agindo com prevenção,
presença, investigação, punição. Todo e qualquer ato e desvio de conduta, seja
em qualquer esfera, terá a correção necessária, e o papel da Polícia Civil
neste sentido é absolutamente determinante”, afirmou o governador.
Para o delegado geral, a nova tarefa é colaborar para um Estado
mais seguro. “A honrada missão de conduzir os trabalhos da Polícia Civil do
Estado do Pará se traduz no inalienável encargo de, acima de tudo, bem servir
ao povo, como ente merecedor e fim último dos esforços de todo aquele que
abraça a carreira do serviço público”, disse Alberto. “Muito mais que orgulho,
a indicação para o exercício da titularidade do órgão faz repousar sobre meus
ombros a responsabilidade de lutar com denodo, afinco, galhardia, compromisso e
responsabilidade todos os dias, estando sempre de prontidão nas 24 horas do
dia, no combate diuturno à criminalidade em todas as suas formas”.
Alberto Teixeira disse que o principal desafio é a defasagem do
efetivo. Existem hoje exatas 2.276 vagas não preenchidas. Esse número
representa 40,65% do contingente mínimo previsto em lei, mas o cenário pode
piorar, devido ao natural envelhecimento do efetivo de policiais civis. Segundo
o último levantamento da Diretoria de Recursos Humanos da PC, somente em 2019,
903 policiais estarão aptos à aposentadoria, dos quais 474 processos já se
encontram em trâmite.
Medidas – O
governador apresentou um balanço, em números, dos 21 dias de gestão à
frente do Estado. Segundo Helder, isso é resultado do esforço de todos os
órgãos e iniciativas de cada um que faz parte da nova gestão. “Ainda temos
muito serviço e trabalho pela frente. Não podemos imaginar que três semanas
representem o ano todo, mas seguramente estamos diante de uma tendência, fruto
de um trabalho absolutamente entrosado, em que as polícias Civil e Militar, o
Sistema Penal, a Segup e todos os colaboradores atuam para virar essa página e
construir um novo legado para a sociedade”, disse.
“Quero parabenizar as operações da Polícia Civil. Sinto-me
orgulhoso com todas as operações que vocês têm feito nessas três semanas, pois
vocês têm feito o enfrentamento do tráfico, das milícias, de diversos crimes.
Não precisamos ver a nossa sociedade se transformar em refém. E vocês contarão
com o meu absoluto apoio e solidariedade para que as condições de trabalho
sejam preservadas”, concluiu Helder.
Já Alberto Teixeira destacou algumas medidas emergenciais, como:
diminuir o quadro de policiais civis cedidos para outros órgãos, possibilitando
o emprego dessa força na atividade fim (investigativa); chamar aposentados que
ainda possam contribuir com o trabalho; fazer a contratação de servidores
terceirizados para o desenvolvimento da atividade meio, possibilitando o
desembaraço de policiais para atividade fim; e chamar os excedentes do último
concurso para formação na Academia da Polícia Civil (Acadepol).
Entre as medidas a serem implementadas está, também, a criação das
centrais de garantia, que consistiriam na montagem e instalação de equipe
multidisciplinar para recepcionar as situações de flagrante delito e, se
possível, de flagrante audiovisual. O objetivo é dotar o procedimento de maior
transparência, além de possibilitar celeridade na prestação dos serviços de
Polícia Judiciária.
Celeridade – Outro
ponto é a implementação do inquérito policial eletrônico, ferramenta que visa a
integração dos sistemas da PC ao Poder Judiciário a fim de proporcionar
celeridade ao procedimento, como a interação direta e imediata com juiz,
promotor e advogado. Além disso, a medida representa economia no custo dos
insumos da atuação policial em termos de papel, impressão, cópia e emprego de
pessoal, entre outros.
A Polícia Civil também estuda a possibilidade de implantar o
registro único de boletins de ocorrência policial, que consistiria na
descentralização do serviço de registro de ocorrências, com a criação de módulo
no Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp). O Sisp possibilitará que
todos os órgãos do sistema e conveniados (como as Guardas Municipais) façam o
registro do Boletim de Ocorrência Policial, criando, assim, uma única
plataforma para registro de todas as ocorrências de interesse da segurança
pública e criminal, bem mais acessível ao contribuinte.
“Todas essas medidas, além de outras, serviriam para desafogar as
delegacias e seccionais, proporcionando à Polícia Civil a possibilidade de se
dedicar mais à apuração dos delitos, por meio do inquérito policial, e ao
enfrentamento de outros crimes que muito incomodam a população, como roubo,
latrocínio e furto (crimes contra o patrimônio)”, concluiu Alberto Teixeira.
Experiência – Alberto
Teixeira é bacharel em Direito pelo Centro Universitário do Pará (Cesupa) e
bacharel em Ciência de Defesa Social pela Academia da Polícia Militar Coronel
Fontoura. Tem pós-graduação em Políticas de Gestão em Segurança Pública e em
Direito Administrativo, ambas pela Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz, em
Belém. Também tem curso básico de formação de multiplicador do Programa de
Polícia Interativa, e curso de aperfeiçoamento na Gestão Policial.
Alberto Teixeira tem 27 anos de serviço na Segurança Pública do
Pará, exercidos como policial militar e como delegado de Polícia Civil. Na PC,
iniciou a carreira em 2006, quando atuou como plantonista na Seccional Urbana
de Castanhal, onde depois foi delegado municipal. Em 2009, foi nomeado para
exercer o cargo de Superintendente Regional da Zona do Salgado, que abrange 22
municípios do nordeste paraense.
Nova composição das
Diretorias da Polícia Civil
Alberto Henrique Teixeira de Barros – Delegado geral
Dilermano Gomes Tavares – Delegado geral ajunto
Raimundo Benassuly Maués Junior – Corregedoria de Polícia Civil
Herbert Renan Silva de Souza – Chefe de gabinete do delegado geral
Marco Antonio Duarte da Fonseca – Diretoria de Polícia
Metropolitana
José Sérvulo Cabral Galvão – Diretoria de Polícia Especializada
José Humberto de Melo Junior – Diretoria de Polícia do Interior
Priscila Morgado Sanches Pinho – Diretoria de Atendimento a
Vulneráveis
Samuelson Yoiti Igaki – Núcleo de Inteligência Policial
Reinaldo Marques Junior – Diretoria Administrativa
Roberto Gomes Neto – Diretoria de Recursos Humanos
Cynthia Maria Protázio da Silva – Diretoria de Recursos
Financeiros
Celia de Lima Cordeiro – Diretoria de Identificação
Maria do Perpétuo Socorro Rebelo de Andrade Picanço – Diretoria de
Informática, Manutenção e Estatística
Maria do Socorro Rodrigues Bezerra Silva – Diretoria de
Atendimento ao Servidor
Karina Correia Figueiredo Campelo – Academia de Polícia Civil
(Acadepol)
Sinélio Ferreira de Menezes Filho – Consultoria Jurídica
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