Ataques de animais peçonhentos continuam a fazer vítimas no interior do Pará
Com informações
do Diário do Pará/ Fotos/ Reprodução.
Desmatamento e
mudança de clima, especialmente, com as intensas chuvas do inverno amazônicos
são alguns fatores que favorecem o surgimento de animais peçonhentos tanto na
área rural como no meio urbano. Somente nos dois primeiros meses de 2019, o
Hospital Geral de Tailândia (HGT), nordeste paraense, realizou 34 atendimentos
de vítimas por ataques de animais peçonhentos, e em mais de 90% dos casos, por
serpentes do tipo Jararaca, seguido de escorpião.
Em 2018, a equipe multiprofissional do
Hospital de baixa e média complexidade efetivou o atendimento de 165 pacientes
com picadas de animais peçonhentos e, mais vez, o ataque de serpentes lidera
esse preocupante ranking com 137 vítimas, seguido de 16 por aranha e 12 causado
por ataque de escorpião. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde
(Sespa), em 2018 foram registrados cerca de cinco mil ataques de animais
peçonhentos que resultaram em mais de 2.300 internações na rede hospitalar.
No HGT, as vítimas de acidentes, causados
por esses animais têm assistência garantida 24 horas, no setor de
Urgência/Emergência. Ao chegar ao hospital, o usuário recebe a classificação de
atendimento dependendo da reação à picada, tipo de animal, da parte do corpo
afetado e quantidade de veneno introduzido no organismo.
Segundo o responsável
pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), Wanderson Silva, a
maior incidência é ataque de cobra tipo Bothrops, mais conhecida como jararaca.
Ele alerta que são várias as situações que levam aos acidentes com peçonhentos,
entre eles, o desempenho de atividades de trabalho, principalmente, em áreas
rurais, onde essas áreas normalmente estão alagadas por causa das chuvas.
Ele sugere que ao ocorrer o ataque de
animais peçonhentos, as vítimas devem procurar assistência médica o mais rápido
possível.O agricultor Antônio, 37, sem mesmo ter conhecimento, agiu
corretamente ao ser picado por uma jararaca no pé esquerdo, semana passada. Ele
foi encaminhado por amigos ao no setor de emergência do HGT com fortes dores e
inchaço no local do ataque, onde recebeu o atendimento adequado e teve alta
clínica ontem. “Agradeço toda equipe HGT pela assistência. Agora vou ter mais
cuidado para evitar outros ataques”.
ESPÉCIES
Segundo o Ministério da Saúde, animais
peçonhentos são os que possuem glândulas de veneno e que o injetam com
facilidade por meio de dentes ocos, ferrões ou aguilhões, como serpentes,
aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, vespas, marimbondos e arraias.
O que fazer?
Não andar
descalço;
- Usar luvas de couro nas atividades
rurais e de jardinagem;
- Nunca colocar as mãos em tocas ou
buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, etc;
- Não depositar ou acumular material
inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de construção;
- Controlar o número de roedores
existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que se
alimentam deles.
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