Governo do Pará consegue, pela primeira vez, exportação de carne paraense para a China
Por Jackie Carrera (SECOM)/ Foto/
Arquivo/Agência Pará
O governo do Estado e os produtores de carne bovina
do Pará comemoram novas perspectivas para o setor depois de uma vitória no
mercado internacional. Quatro frigoríficos paraenses receberam habilitação para
exportar para o mercado chinês. O anúncio foi feito nesta terça-feira (10),
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Um comunicado do GACC (órgão sanitário chinês) informou que
25 plantas frigoríficas brasileiras estão habilitadas a vender carne para o
país asiático, entre elas estão o Frigorífico Rio Maria; que fica em Rio Maria;
Master Boi Ltda, de São Geraldo do Araguaia; Frigol, em Água Azul do Norte; e o
Mercúrio Alimentos, em Castanhal.
“Nunca o Estado do Pará tinha conquistado o mercado da China.
Isso representa uma grande vitória, encabeçada pelo governador Helder Barbalho,
que pensando no desenvolvimento do Pará, foi a Brasília, e apresentou esta
demanda do setor produtivo agropecuário paraense à ministra da agricultura,
Tereza Cristina”, destacou o secretário de Estado de desenvolvimento
agropecuário e da pesca, Hugo Suenaga.
O secretário lembra que o
encontro com a ministra foi no dia 10 de abril, um dia após de o governador
decretar a criação de um grupo de trabalho para realização de estudos e ações
para o desenvolvimento da agropecuária paraense.
“A articulação política
do governador foi primordial para que os frigoríficos paraenses fossem
incluídos em uma lista de indústrias brasileiras que a ministra apresentou na
China. Isso foi uma ótima estratégia do Estado”, disse Suenaga.
Para o presidente do
Sindicarne, Daniel Freire, a abertura de mercados no exterior era um anseio
antigo. “Nossa dificuldade para atingir o mercado da China não era falta de
staff. Nós tínhamos critérios técnicos, nossas plantas são modernas, nossa
carne é de qualidade. O que faltava era vontade política mesmo e, agora sim,
encontramos um governador e um secretariado com esse compromisso para o
desenvolvimento da região”.
Além da Sedap, o grupo de
trabalho é composto pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
(Semas), pela Secretaria de Desenvolvimento, Mineração e energia (Sedeme), pela
Secretaria de Ciência e Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica
(Sectet), pela Secretaria da Fazenda (Sefa), Secretaria de Segurança Pública e
Defesa Social (Segup); Procuradoria Geral do Estado, Iterpa, Adepará e ainda
entidades do setor como FAEPA, Acripará, Unierc e Sindicarne.
Fortalecimento do Campo –
Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, os
quatro frigoríficos representam quase 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.
A comercialização de carne no mercado internacional mantém o setor e,
consequentemente, o mercado interno e os empregos gerados pela atividade.
“Com a queda no
consumo de carne no Brasil, o setor precisa se expandir para novos mercados e
manter a produção. A China é altamente qualificada e consumidora. Isso vai
agregar valor à carne paraense e verticalizar a pecuária no Estado”, enfatiza o
titular da Sedap.
Só a Indústria Mercúrio
Ltda, que fica em Castanhal gera, atualmente, 522 empregos diretos e mais de
1,5 mil indiretos. Isso com apenas 20% da produção da empresa para o mercado
internacional (geralmente do Oriente médio). Agora a exportação do frigorífico
pode chegar até 40%.
“A perspectiva é de
ampliação da produção internacional com o mercado chinês e, em breve, mercados
dos EUA, Europa e Japão. Isso amplia nossa capacidade produtiva e a geração de
empregos. Além disso, mais modernização para o setor”, disse Daniel.
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