INVESTIGAÇÃO: Justiça autoriza prisão de militares após sumiço de jovem em Xinguara
Celulares dos denunciados foram apreendidos. | Divulgação |
Fonte Diário do Pará/ Foto Divulgação
Quatro policiais militares são suspeitos de envolvimento no
desaparecimento de um jovem de 18 anos no município de Xinguara, sudeste
paraense.
AJustiça do Estado
do Pará (TJPA) acatou ao pedido do Ministério Público Militar e autorizou, na
última segunda-feira (29), a prisão preventiva dos policiais militares Cabo
André Pinto da Silva, Cabo Dionatan João Neves Pantoja, Cabo Wagner Braga
Almeida e Cabo Ismael Noia Vieira, além da busca e apreensão dos aparelhos
celulares dos denunciados.
O quarteto é suspeito de cometer
crimes de tortura e sequestro ou cárcere privado após envolvimento no
desaparecimento do jovem Mateus Gabriel, de 18 anos, que foi submetido a uma
abordagem policial e conduzido na VTR 1704 do GTO da PM em 3 de fevereiro de
2020, não tendo sido mais visto desde então.
O
caso
Mateus saiu de
casa naquele dia com uma motocicleta para jogar bola no setor Jardim Tropical,
área periférica do município de Xinguara, sudeste paraense. O boletim de
ocorrência sobre o desaparecimento foi registrado pela mãe da vítima na manhã
do dia 5.
Em depoimento,
um amigo de Mateus, que voltou de carona com ele para casa, disse que viu o
rapaz sendo seguido de carro por policiais militares - os cabos citados no
início do texto. Testemunhas afirmam que Mateus foi abordado pelos PMs por
volta de 23h30, sendo espancado e colocado dentro da viatura em seguida.
Áudios de uma moradora da região que
circulavam na cidade na época de seu desaparecimento apontavam que ele teria
sido alvo dos militares porque roubou a casa de um policial no município de Rio
Maria.
Investigação
Além do pedido
de prisão preventiva e da busca e apreensão de objetos pessoais, foi solicitado
e autorizado também o acesso imediato aos dados relacionados ao conteúdo dos
aparelhos celulares apreendidos, incluindo conversas, fotografias, áudios e
conteúdos armazenados em nuvem que sejam de interesse para a investigação.
No documento, a
Justiça frisa ter ficado evidente que, “a partir da oitiva dos áudios juntados
aos autos, que o ofendido [Mateus] foi agredido de modo cruel, enquanto chorava
e dizia que não tinha sido autor de determinado crime”.
“Não bastasse a
tortura imposta ao ofendido, pelo sofrimento físico e psíquico, foi o mesmo
sequestrado e levado para local incerto e não sabido, deixando mãe e demais
familiares desesperados”, afirma.
Queremos justiça......Onde está Mateus gabriiel.....Sua mãe há dias não dorme n come n vive....A angústia nesse coração de mãe não deixa.........
ResponderExcluir