ALERTA: Celular roubado? Saiba como proteger sua conta bancária!
Com o
aumento de golpes virtuais na pandemia e os vazamentos de dados, é preciso
redobrar os cuidados com as transações bancárias. Saiba o que fazer para evitar
a ação e se for vítima dos criminosos
É muito comum recebermos dezenas de mensagens com links para
clicar. Isso pode ser um jeito de golpe. Ao apertar no link, muitas pessoas
perdem o aceso principalmente do WhatsApp. Outra situação que causa transtornos
é quando lemos notícias sobre vazamento de dados confidenciais.
O aumento de golpes virtuais na pandemia
e a recente sequência de vazamento de dados na internet deixaram usuários em
alerta –e, alguns, receosos de usar o serviço de transferência bancária lançado
pelo WhatsApp no Brasil.
Como golpes que envolvem o aplicativo aumentaram, a
tendência é que cresça ainda mais ataques phishing (fraude baseada em roubo de
identidade), diz Aldo Albuquerque, pesquisador em segurança digital e
vice-presidente de customer delivery na Tempest. A incidência desse tipo de
ataque dobrou nos dois primeiros meses de 2021 em comparação com o primeiro
bimestre do ano passado, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
O golpe, entre os mais aplicados
hoje, acontece por meio de mensagens via SMS e e-mails falsos que induzem o
usuário a clicar em links maliciosos que clonam o aplicativo. Golpistas, então,
se passam pela vítima e costumam pedir dinheiro a contatos dela. É importante
que o usuário preste atenção nos links que clica, e que desconfie chamadas e
mensagens que não conhece. “Desconfie de uma cobrança não programada ou
telefonema suspeita, certifique-se que aquela pessoa não está se passando por
outra ou agindo de má fé”, diz Albuqerque.
Manter a atualização do aparelho e dos aplicativos também
garante maior proteção. “É usual pensar que a atualização possa deixar o
aparelho lento”, diz o especialista, mas são nesses momentos que
desenvolvedores corrigem fragilidades do sistema para prevenir ataques
digitais.
Em aplicativos de bancos e
corretoras, além de cadastro de senha, é necessário um token enviado ao número
de telefone ou e-mail do correntista. Alguns oferecem opção de visualização do
código no próprio aplicativo. Os bancos investem cerca de R$ 2 bilhões por ano
em segurança digital, o que corresponde a 10% dos gastos totais do setor de
tecnologia da informação, segundo a Febraban.
Também é necessário atenção aos
aplicativos baixados, mesmo os que não são ligados a entidades financeiras.
Albuquerque diz que está sendo cada vez mais usual a reprodução de apps falsos,
que têm o mesmo design dos originais, mas usados para roubo de dados
einformações bancárias.
Para evitá-los, convém checar o desenvolvedor dos apps
antes de baixá-los e ver a classificação e os comentários dos usuários. Além, é
claro, de manter um antivírus instalado no aparelho. Para quem teme usar
Whatsapp Pay, Albuquerque afirma que, mesmo que o usuário seja vítima de algum
ataque pishing, é pouco provável que sejam efetuadas transações financeiras
indesejadas, já que o uso do recurso depende da habilitação do aparelho. “O
WhatsApp faz uma ponte entre o usuário, o banco e a pessoa que recebe o
dinheiro. Ele não permite acessoà conta bancária”, diz.
ROUBO
Já em caso de roubo e desbloqueio do
celular, tudo depende dos recursos de segurança ativados pelo usuário, como o
uso de biometria e autenticação em duas etapas, mecanismo que acrescenta mais
uma camada de segurança no processo de login. Mesmo que o aparelho tenha todos
os recursos de segurança, é imprescindível solicitar à operadora o bloqueio da
linha e contatar o banco imediatamente em caso de furto ou roubo do celular
–criminosos usam tecnologias capazes de driblar sistemas de segurança.
“Temos que mudar a ideia de que o
celular só faz ligações. Agora faz transações bancárias, compras... É um
aparelho com multifunções que usam seus dados”, lembra Ione Amorim,
coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Idec (Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor). O banco também precisa ser comunicado em caso de
fishing. “Antes não se tinha interesse no celular por dentro. Agora querem, porque
sabem que ali estão dados e uma carteiravirtual”, diz Amorim.
Em ambos os casos, também é preciso
registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito pelo site da Polícia
Civil de seu estado. No caso dessas movimentações atípicas, tudo deve ser
registrado: SMS suspeito, prints de emails trocados, conversas por aplicativos
de mensagens. “É de suma importância registrar a ocorrência, crime virtual não
é coisa pequena”, afirma Alexys Lazarou, advogado criminalista da Cascione
Pulino Boulos Advogados. “Muitas vezes, um grupo é responsável por várias
fraudes ao mesmo tempo. O registro pode ajudar a polícia a identificar um
esquema”, diz.
Caso haja transações financeiras sem
o conhecimento do usuário, é preciso registrar uma contestação no banco, que
nem sempre é obrigado a ressarcir o cliente, explica Amorim, do Idec. “Depois
dessas alternativas, ainda não havendo uma resposta que solucione o problema,
procure o Banco Central”, diz Amorim. O consumidor deve estar munido das provas
e negativas do banco, além do boletim de ocorrência registrado na polícia.
Proteja seu celular
- Tenha senhas diferentes para
cada aplicativo e não as salve no bloco de notas
- Use senhas biométricas e
autenticação em dois fatores
- Tenha antivírus, mantenha o celular
atualizado e só baixe apps em loja oficial (Google Play Store ou AppStore)
- Não clique em link suspeito
- Feche o app do banco após
transações financeira
- Não use redes públicas para acessar
o aplicativo do banco
- Limite o valor de transações
- Não forneça dados caso receba
ligações
- No WhatsApp Pay, crie um PIN seguro
para transações.
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