Seja bem-vindo a cidade de São Félix do Xingu, Dr. Jônatas Andrade, Juiz Federal do Tribunal Regional do Trabalho

Após sete anos (07) eu terei a oportunidade de voltar a entrevistá-lo o premiado e renomado Juiz Federal da Vara Trabalhista, Dr. Jonatas Andrade, que estará hoje no município de São Félix do Xingu, assistindo o filme “O amor destemido de uma mãe contra o trabalho escravo”, ao qual tem como protagonista a atriz paraense Dira Paes.

O valoroso juiz trabalhista recebeu em 2012 o Prêmio Direitos Humanos, na Categoria Erradicação do Trabalho Escravo, premiação concedida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Em dezembro de 2015 na cidade de Tucumã, recebeu pela primeira vez a edição do projeto da ONG Repórter Brasil denominado “Escravo nem Pensar”. A iniciativa teve por objetivo identificar e tornar públicas as situações que ferem direitos trabalhistas e causam danos socioambientais no Brasil, visando a mobilização de lideranças sociais, políticas e econômicas para a construção de uma sociedade com respeito aos direitos humanos, mais justa, igualitária e democrática. 

É de sua iniciativa (Dr. Jônatas Andrade) a criação do GAETE (Grupo Interinstitucional de Erradicação do Trabalho Escravo), uma articulação que envolve: Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Delegacia Regional do Trabalho, Polícia Federal, Ministério Público Federal, Comissão Pastoral da Terra, Repórter Brasil e outras entidades. 

O GAETE foi criado em meados de 2011, o grupo se reúne bimestralmente para debater ações, políticas e iniciativas de enfrentamento ao trabalho escravo. Com os recursos oriundos das condenações de fazendeiros escravocratas se criou um fundo gerido pelo GAETE que apoia projetos e iniciativas da sociedade civil que tenham como objetivo o combate e a prevenção do trabalho escravo.

 Merecem destaque dois projeto aprovados pelo GAETE: ESCRAVO NEM PENSAR, gestado pela ONG Repórter Brasil e MONITORAMENTO DE LIDERANÇAS AMEAÇADAS DE MORTE NA REGIÃO, coordenado pela CPT da diocese de Marabá. O Juiz Jônatas tem participado permanentemente de reuniões em outros Estados (Maranhão, Tocantins e outros), debatendo a realidade do trabalho escravo e divulgando a experiência do GAETE.